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Olá, Visitante. Chegou aqui, vindo sei lá de onde, quiçá cansado de tantas caminhadas e descaminhos. Pois bem, sente-se, relaxe e leia algumas destas coisinhas, vai ver que fica melhor... Um abraço da Felipa

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Madalena

Descai o sol... nos olivais do monte
Recolhe o gado o pastor. Das largas eiras
Vêm vindo as filhas de Jacob à fonte
Com seu rítmico andar entre as palmeiras.

Um rouxinol suspira no loureiro
É essa hora do ocaso meiga e terna
Em que o sol busca o mar como um boieiro
Que vem beber à boca da cisterna.

Madalena em Betânia desatando
Seu cabelo, qual fúlgido lençol
Limpa os pés do Rabi, humilde olhando
Seus olhos cheios de domínio e sol.

Um pescador trigueiro das baías
Deitando a rede diz, olhando o rio
Quando virá o lúcido Messias
Quem é este Rabi loiro e sombrio?

Mas Madalena, num amargo choro
Limpa os pés do Rabi, cheia de amor
Com seus longos cabelos feitos de oiro
E baixinho murmura: é meu Senhor.

O sol morreu... nos olivais do monte
Rompe virgem o luar. Às largas eiras
Vão saindo as filhas de Jacob da fonte
Com seu rítmico andar entre as palmeiras.

Frei Hermano da Câmara

(Escrevi a letra ouvindo a canção, espero tê-la ouvido bem. O problema é saber a pontuação correcta, mas cada um que use a imaginação.)

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu gosto muito das músicas que o frei Hermano canta.Acho muito bonita essa música chamada madalena,obrigado pelo seu empenho.
Parabéns