Dorme na noite o sentido
que dei ao meu coração
sossegado, adormecido
nesta sã escuridão
que me afasta os temores
que me aproxima a saudade
dos meus distantes amores
dos dias da mocidade
em que brincava na rua
em que plantava jardins
em que era dona da lua
entre anjos e querubins
e passeava na vida
como quem vive a brincar
como quem sabe a partida
mas tem ânsias de ficar
no tempo que tudo esquece
no tempo que tudo dá
aos sentidos de quem tece
teias onde morrerá...
(Felipa Monteverde)
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